Fringe - 3x03: The Plateau


"Ainda sou um cientista, Brendon. Só tenho um laboratório muito maior." - Walternativo

 
Faça um teste: Pegue qualquer episódio da primeira temporada de Fringe e compare com qualquer um dessa terceira. A diferença que você verá é gritante, já que a série evoluiu de uma forma assustadoramente boa e se tornou essa sucessão de genialidade que vemos toda semana. Percebemos que Fringe está em um nível altíssimo de qualidade quando, até mesmo em um "caso do dia", a série nos enlouquece.

Voltando ao universo paralelo (ou em vermelho... adoro essa diferença na abertura), acompanhamos a rotina do lado de lá em um caso da Fringe Division, que por sinal, já é meu favorito. Eu imaginei tudo a respeito de como o Milo conseguia montar as sequências dos acontecimentos rotineiros, mas nunca havia me passado pela mente que ele teria sido cobaia de um experimento para aumentar a capacidade intelectual dos menos favorecidos de inteligência, o que acabou por torná-lo um expert em analítica.

Fora que os detalhes que Fringe joga no ar para dar um maior sentido a complexidade de sua mitologia sobre as realidades alternativas é incrível. E essa missão serviu como prova disso. Lógico que Milo não iria conseguir prever o modo de agir de nossa Oliv, já que mesmo com todos os rémedios que estão fazendo-a acreditar que pertence àquele mundo, ela foi treinada de outra maneira, o que possibilitou um padrão imprevisível.

Notar também as diferenças entre o nosso plano e o deles, como no caso da caneta esferográfica já ter entrando, praticamente, em extinção, e a questão da escassez do oxigênio, fato que ajudou bastante na captura de Milo.

As aparições de Walter e Peter são a prova irrefutável de que o subconsciente de nossa Olivia já começou a lutar contra as memórias da Olivia alternativa. Ainda bem que a razão para essa ação por parte de Walternativo para com nossa Olivia foi esclarecida logo, mostrando que Fringe não faz suspense com pequenos acontecimentos, e sim, prepara o terreno de forma magistral para a guerra que se aproxima.

Algo que vinha me incomodando nesses últimos episódios da série era a demora para alguém perceber que estão com as Olivias trocadas, e foi uma ótima sacada dos roteiristas colocar essa dúvida no Agente Francis. Por falar nele, às vezes dá a impressão de que os colegas de equipe da Fringe Division Alternativa vão acabar por mudar de lado, e isso seria uma boa, até porque tem um novo personagem em Fringe que me parece ter bastante potencial: O Agente Lee.

Gosto bastante do modo de agir dele, sempre focado no trabalho até mesmo quando a situação não é propícia (legal a máquina de tratamento contra queimaduras, não?). De acordo com o Agente Francis, Lee e Olivia já tiveram até um momento extra curricular, e posso garantir que isso ainda pode render alguma coisa. Vamos esperer e ver.

Falar que John Noble é um ótimo ator não seria suficiente. O cara merece um emmy por fazer dois Walter's tão diferentes e tão parecidos ao mesmo tempo. Tem horas que fica difícil de dizer qual é o mais genial: aquele que quer vingança por ter seu mundo prejudicado por uma ação do passado. Ou o que apenas quer a paz entre os universos e manter o filho alternativo por perto. Olha aí Fringe mexendo com nossas maneiras de pensar a respeito do certo e o errado. Série de TV com uma capacidade dessa é difícil de se encontrar. Por isso: Vida longa a Fringe, viu Fox?! Porque com uma audiência que não faz jus a sua qualidade, fico com medo do que possa acontecer.

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