Sabe o que é mais incrível em uma série como True Blood? É que nada (nada mesmo) do que é jogado na nossa frente é por mero acaso, qualquer coisa naquele mundo chamado Bon Temps tem um propósito no futuro, e no seu desfecho, tudo isso, em um ritmo assustadoramente consistente, estará conectado de certa forma. A série, episódio após episódio, expande seu universo de uma forma tão absurda que eu me pergunto o que seria de True Blood se esta estivesse em mãos erradas. Ainda bem que temos a mente genial de Allan Ball por de trás dessa que é uma das melhores produções já feitas.
É realmente incrível o número de tramas secundárias que True Blood abriu em apenas três episódios, mas lógico, sem prejudicar o ótimo ritmo da série e o foco principal dessa temporada, o qual eu suponho que seja o tráfico ilegal de V. Outro ponto que sempre foi destaque no roteiro afiado e bem amarrado de True Blood foram seus ótimos diálogos e tiradas que de tão impagáveis se tornam inesquecíveis.
Eu não venho falando de Arlene nos meus últimos textos, mas agora eu preciso deixar registrada a descoberta de sua gravidez (que não se sabe de quem é, afinal, ninguém era de ninguém nos tempos de Maryann) e como isso afetou o ingênuo Terry, que não tem muito espaço por enquanto, mas quando abre sua boca só nos faz rir com cada pérola que solta:
“Não é você. Sou eu. Se eu ganhasse um centavo cada vez que... eu teria quinze centavos.”
Mas ninguém vence Jason no quesito fazer rir. Ainda mais quando este está junto de seu futuro novo parceiro Andy na luta contra o crime em Bon Temps, que, aliás, aumenta gradativamente a cada entrada de um personagem novo na série, que o diga o Xeriff Bud. Falando em rostos novos, o misterioso homem que invadiu a casa de Bill atrás de qualquer documento sobre Sookie e que deixou Tara feliz da vida depois de uma noitada da boa (que olhos eram aqueles menina?!) se chama Franklin. A cena de sexo dele com Tara foi tão trash (no mal sentido), que eu já estava decepcionado achando que este fosse o tão esperado sexo bizarro do terceiro episódio. Ainda bem que eu estava errado, mas sobre isso, desce mais um pouco que logo você verá os comentários.
É hora de dar adeus à Bon Temps e embarcar com o melhor amigo da mulher (pois é né!), Alcide, em busca do amado Bill Compton. Como o pai do novo lobo devia uns favores a Eric, este lhe pediu que em troca acompanhasse Sookie na ida para a região do Mississipi, lugar no qual, daqui em diante, será palco de muita carnificina deixada por vampiros e lobos, ou até quem sabe lobos e lobos, até porque Coot (é realmente um nome vergonhoso) está de casório marcado e já se prepara para o ritual de acasalamento com a ex-loba de Alcide.
Enquanto uns visitam alcatéias festejando em bares, outros têm jantares mais sofisticados na casa da Majestade. Lorenna não morreu, é perceptível o quão difícil deve ser matar um vampiro em True Blood. No máximo Bill deve ter estragado a chapinha e a entrada triunfal que tanto ela ensaiou com o Rei. Mas o que realmente importou aqui foi o flashback do personagem, o qual mostrou como e o porquê dele ter abandonado a mulher Caroline e seus filhos, sendo que antes de partir, deveria enterrar um deles, vítima de varíola. Notar que Bill agora deixou de fazer parte do time da Rainha Sophie-Anne para se juntar ao Rei Russel do Mississipi, porém tudo é claro, por um bem maior chamado Sookie Stackhouse.
Agora, finalmente chegamos ao ponto do episódio que literalmente deu volta na cabeça de muita gente (trocadilho mais tosco não?). Que Lorenna não é uma mulher que desiste fácil isso eu já sabia, afinal, ela sempre demonstrou, sem menor pudor, que gostava mesmo é da sacanagem. Só que em “It Hurts Me Too” ela extrapolou todos os limites do mundo sexual selvagem, aliás, ela não, e sim Bill. What the Fuck was that?! Os produtores bem que avisaram que iriam chocar com uma cena de sexo bizarra, mas eu nunca imaginei que Bill possuísse esse fetiche pela menina do Exorcista. Ainda teve uma declaração de amor por parte dela para fechar o episódio com chave de ouro. Aquilo realmente tirará meu sono por um tempo.
P.S.: Sam e sua família não evoluíram muito no episódio, por isso nem me dei ao trabalho de comentar algo. Espero que alguém dali aparente ser mais do que parece, porque do contrário, a expectativa por esse plot não valeu de nada.