Depois de uma segunda temporada fenomenal e muita, mas muita campanha de marketing, os caipiras de Bon Temps estão de volta trazendo tudo aquilo que fez de True Blood um fenômeno da televisão. A Season Premiere pode não ter sido tão empolgante quanto imaginávamos (parte disso se deve a maldita expectativa), mas casou muito bem como continuação do que foi deixado anteriormente, e introdução para aquilo que veremos nos próximos 12 episódios, o que acredito eu, não será menos do que incrível.
Não houve nenhum mistério para o desenvolvimento do seqüestro do Bill, o que eu agradeço. Ele simplesmente, a princípio, foi levado por traficantes de V, os quais aproveitaram a viagem para conferir o “produto” e ver se a “mercadoria” era “da boa”. Trocadilho infame, eu sei, mas foi exatamente isso que aconteceu, pois ao que parecia, Bill possuía até um destinatário definido, o que não aconteceu devido ao acidente que ele próprio causou, afim de que conseguisse fugir.
Sookie passou o episódio inteiro tentando encontrar alguém que pudesse lhe dar uma pista de onde Bill poderia estar. Lorenna, a ex-mulher dele, foi a sua primeira opção, o que a levou até o bar mais bem freqüentado da cidade: o Fangtasia. Posso dizer o quão Pam é demais? Adoro seu jeito biscate de ser junto ao seu olhar promíscuo de natureza. Aquela sua levantadinha de sobrancelha já disse exatamente o quanto Eric estava ocupado naquele momento. E eu só fico pensando se todas as dançarinas do bar têm de passar por aquele demorado teste de sobrevivência proporcionado pelo próprio chefe. Mas não, Eric não estava envolvido com o desaparecimento do noivo de Sookie, se bem que ele até planejou outro seqüestro para o Bill a mando da Rainha Sophie-Ann e que também seria por causa do comércio do V.
Irônico como as leis que regem as “vidas” dos vampiros são exatamente iguais aos dos humanos, mas lógico, cada um ao seu modo, vide a conversa entre Eric, a Rainha e o Magistrado. Repare que se deixarmos de lado o fato desses seres já estarem mortos, os vampiros naturalmente acabam se tornando apenas outra camada social alheia à sociedade de hoje em dia, assim como os negros já foram, ou como os homossexuais ainda são, e esse é de fato, o verdadeiro pano de fundo de True Blood, porém é claro, sempre unindo o seu fator trash a esse ponto.
Com todos os problemas apresentados em relação ao tráfico do V, o que mostra ser esse o fio condutor da temporada (ao menos um dos), a Rainha obriga Eric a continuar com o comércio de V em sigilo, e este trabalho acaba por ficar nas mãos do coitado do Laffayete, que agora tem que rodar a baiana para conseguir vender seus estoques de sangue, do contrário, Pam vai mostrar que muito sorriso e tons de rosas não servem de nada, afinal, ela é bitch e é assumida!
Tem como não rir de Jason broxando na hora H por ter ficado com a consciência pesada após ter matado o Eggs? Pior é ver que Hoyt cortou o cabelo para ficar com cara de “bad guy” para Jessica por nada, se nem ao menos a garota se importa, afinal ela anda mais ocupada preocupada tentando esconder o corpo daquele caminhoneiro da última Season Finale. Tara também teve sua dose de melodrama, apelando até para uma tentativa de suicídio na banheira. Tem coisa mais clichê Tara? Parece até que não assiste a CW? Mas enfim, enquanto uns querem se matar, outros têm sonhos eróticos com Bill Comptom. Confesso que esta era a cena pela qual eu mais ansiava nesse episódio, mas sinceramente, esperava mais, porém sei que isso é apenas o começo.
Não se esquecendo do Sam é claro, afinal, o foco no personagem daqui em diante será bem maior, já que iremos conhecer a sua família animalesca, e torço para ser bem, mais bem trash esse encontro, e que muita maldade corrompa o sangue metamórfico dessa familia Mickens.
Como é de costume, True Blood tem de deixar um cliffhanger só para nos enlouquecer pelo próximo episódio. Sookie e Jessica encontraram o carro de Bill capotado e nele havia um dos homens que seqüestrou seu noivo, o qual possuía uma marca no pescoço, indicando que este participava da tal “Operação Lobisomem”, e a partir daí ja dá para desconfiar o que vem pela frente. Entretanto, Bill não imaginava que tinha se alimentado de uma pobre velhinha bem na área do Mississipi, o que deu a entender que ali, quem comanda são eles mesmos, os lobisomens.
