Parenthood - 2x01: I Hear you, I See you [Season Premiere]


Parenthood, a série que se tornou a minha novelinha das oito, retornou mais cedo.

 
Desde que estreou na última mid season, a série estrelada pela adorável Laura Graham e pelo talentoso Peter Krause, vinha sendo muito bem criticada pelo povo norte-americano, e logo, Parenthood garantiu uma vaga na disputada fall season. Entretanto, aqui no Brasil, o público não foi tão receptivo assim. Alguns dizem que esta é uma cópia mal feita da conhecida Brothers and Sisters, considerando a temática das duas. Enquanto outros, por terem adorado esse jeito light e descompromissado do show, já se consideram, até mesmo, um membro da família Braverman. E adivinhem? Lógico que eu me encaixo no segundo time.

Esta sim, é a série que eu afirmo com toda certeza que assisto de coração aberto, e é por isso que eu acabo gostando ainda mais dela. Parenthood me lembra muito Life Unexpected, pois ambas nos remetem àqueles filmes antigos sobre relacionamentos familiares que costumavam passar na Sessão da Tarde. Clichês escancarados, temáticas batidas, personagens idem, mas ainda assim, os produtores sabem levar esses "defeitos" com muito jeito, e acabam os tornando coisas gostosas de se ver.

Em I Hear You, I See You, não vimos muita coisa nova acontecendo, nem mesmo foi mostrado o fio que irá conduzir a temporada. O plot básico aqui foi o vazamento no telhado do celeiro dos Braverman's que andava atrapalhando o sono de Sarah. Bem, esse acontecimento serviu ao menos para uma coisa magnífica na família: Finalmente, o marido da Julia ganhou uma função que não fosse organizar festas infantis na escola primária, ou o jantar da noite. Mas como ninguém dá ordens para Zeek, Joel teve que se virar para agradar o sogrão, que vem fazendo a terapia do "I hear you, I see you" para canalizar a raiva.

Como é de praxe, é com Sarah que ficam as cenas mais memoráveis de Parenthood, até porque, Laura Graham tem um excelente tom cômico - algo que a maioria já sabe - e junta de seu irmão Adam, com quem tem grande química, o episódio só melhora. Alguém mais ficou rindo da referência ao filme 2012 por um tempinho depois do pause? Pois é, ainda fiquei pasmo com a história do botãozinho com tênis também. Jura que nenhuma empresa nunca havia desenvolvido um projeto do tipo? Logo Adam não perdeu a chance, roubou a ideia da irmã, e tratou de apresentá-la ao seu chefe que fica penteando cabelo no Ipad (quanta funcionalidade não?). Só sei que ele e Lorelai, digo, Sarah terão um caso mais a frente (sim, li spoilers). Ao menos a contratação já foi feita.

Enquanto isso nos núcleos dos irmãos menos valorizados, ficamos com a decepção de Krosby ao saber que Jasmine foi contratada para uma turnê de dança na Europa. Eu me simpatizo muito com o casal ao lado de Jabbar. Na temporada passada, esta foi uma história que cresceu bastante e ganhou maior significãncia. Outra coisa boa foram as perguntas da menina-gênio a respeito da fecundação, que ao par do Jamie, de One Tree Hill, já entram para o hall das crianças que deixam os pais sem saber o que falar.

O que eu não aguento mais na série continua sendo o garotinho doente - ou talvez ele seja supra talentoso por interpretar uma criança insuportável - e a irmã que faz mimimi de tudo. Mas também, com uma mãe chata como a Kristina, seria impossível uma prole diferente não é mesmo? São nessas horas que podemos soltar um "I hear you, I see you" também.

Parenthood, como afirmei, é uma série-novela, a qual assistimos para nos divertir e passar o tempo. Se você curte esses temas de famílias e afins, aconselho a dar uma chance. A primeira temporada só tem 13 episódios, e o começo é meio devagar, mas depois melhora muito.

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