The Big C - 1x02/1x03: Summer Time/There's No C in Team


É tão bom o jeito que The Big C leva uma tragédia.

 
O piloto dessa dramédia da Showtime foi maravilhoso, mas seu segundo episódio foi muito melhor, e ainda serviu para confirmar o apego que eu criei com as novas atitudes da personagem principal, que por sinal, é a alma da série e sem dúvida, a melhor coisa que ela possui.

Antes de falar dos episódios, tenho que deixar registrado que achei muita esperteza dos roteiristas juntar Andrea a Cathy logo no início da trama. A atriz que interpreta a gorda negra cheia de preconceitos e sem o menor senso de educação é simplesmente ótima (quem viu o filme Precious, sabe do que eu estou falando). As duas formam uma incrível dupla, principalmente no quesito diálogo, já que é com elas que o humor negro impera, e assim, nos proporcina as melhores tiradas.

Outro personagem que também não faz feio na tela é o irmão de Cathy, Sean. Sua obsessão pela proteção ao meio ambiente é muito hilária, e a relação fraternal dele para com Cathy, mesmo que estranha, é muito convincente. Destaco a cena de Sean dizendo que tinha uma atração sexual por sua irmã e a cara que ela fica quando escuta esta pérfida confissão. Realmente impagável.

Sobre o episódio em si, Summer Time procurou explorar o lado mais cômico da série, o que não foi nada ruim. Cathy ainda mantém, firme e forte, sua visão carpe diem da vida, e isto agora inclui uma maior participação de seu filho Adam, mesmo que este não esteja tão de acordo com a ideia, tanto que para segurá-lo ao seu lado, foi preciso uma invasão ao ônibus escolar, armas de paintball e a Andrea com toda sua autoridade.

A vizinha mais insuportável e ao mesmo tempo adorável, Marlene, deu o ar de sua graça novamente com mais reclamações sobre queimadas de sofás nas redondezas. Sorte que Cathy age na mesma medida e também não deixa por menos, o que nos rende mais uma dupla ótima (acho que já ficou claro que o elenco completo de The Big C é brilhante, certo?).

Falando agora de There's No C in Team, terceiro episódio que só confirmou o quão boa é The Big C (já está ficando chato, não?). Pois é, mas o que eu posso fazer? A série é ótima mesmo, e se você ainda não a assiste (shame on you!), corra enquanto ainda estamos no começo da história.

Quem poderia adivinhar que mesmo tentanto esconder de qualquer forma o segredo da doença, Cathy seria surpreendida por um cachorro? E ainda com isso, de bônus, ganhar a "amizade" da irreverente Marlene? Roteiro afiado é o nome que se dá para essas surpresas que uma série boa sempre nos reserva.

Gostei também do maior espaço que Paul ganhou nesse episódio. Ele que foi expulso de casa por Cathy, mora com a irmã e agora recebe conselhos de sua psiquiatra, bem que estava merecendo uma atenção por parte de The Big C. Penso da mesma forma em relação ao Dr. Todd, e ainda agradeço se os roteiristas não o tornarem um amante de Cathy, seria bem desnecessário.

O mote principal aqui foi a visita que Cathy fez a um grupo de apoio às pessoas que possuem câncer. O problema foi que a galera dessa sociedade são um tanto quanto prestativos demais, felizes demais e esperançosos demais, três coisas que nem passam perto da pessoa que Cathy é no momento. Ser otimista é a única opção que se tem em uma situação parecida, isso está muito mais que claro, entretanto, se você quiser encarar a realidade do doente de frente, é só ouvir a resposta de Cathy ao grupo de apoio.

Para finalizar essa review dupla, nada como um almoço bem estressante em família pela tarde, e esclarecimentos com sua vizinha sobre sua doença pela noite ao som da ótima trilha sonora que The Big C é composta.

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