True Blood - 3x10: I Smell a Rat


True Blood foi devagar quase parando essa semana, mas ao menos I Smell a Rat nos trouxe a certeza de que Allan Ball e cia dão um teco legal no V antes de escreverem um episódio.

 
Tem uma hora que vemos que até mesmo para uma série onde o teor trash domina existe um certo limite. Não basta apenas jogar no telespectador cenas onde o próposito seja chocar e não trazer fundamento nenhum, além disso, encher o elenco com seres sobrenaturais de uma vez só não foi a melhor ideia do ano desses roteiristas que mais quiseram correr contra o tempo na reta final dessa oscilante temporada.

A parte em que Bill conta a Sookie que ela é uma fada/fae(lê-se fail)/alienígena/fruto-de-um-estupro foi não menos que cômica para não dizer coisa pior. Reparem na cara de indignação da Ana Paquin ao descobrir que não descende de Sayajins, e sim de fadas que quando saem de sua fonte iluminada, pairam na terra para estuprar algum ser humano, e o resultado é algo como ela. Pois é, se fosse comigo também ficaria indignado, afinal, fados existem e isso também já foi provado. Agora que Sookie já sabe que é uma fada e qual o verdadeiro propósito desses seres, a garota tratou de começar sua saFADEZA lá no Fangtasia, lógico. Sorte que Eric possui Pam para aconselhá-lo dizendo que o melhor jeito de provar da luz da Sookie é deixando-a acorrentada. Sadomasoquismo imperou nesse momento.

Digam-me, aquela volta do Franklin seguido de sua morte verdadeira só serviu de motivo para Tara Mae voltar a sua fase depressão? Faça-me um favor tio Allan. A chatice a abateu de novo, e o coitado do Jason decidiu desabafar no pior momento sobre ter matado o Eggs. A única coisa que gosto de ver quando a T. Mae está toda down é que ela se treme todinha e eu acho isso super hilário. Falando no Jason, tive um dejá vù da Alessandra Negrine virando onça na A Muralha (Ah uma Globo na sua vida) quando descobrimos o que a Crystal é. Pantera? Só espero mesmo que Arlenne não seja uma curupira, viu roteiristas?

Outra criatura que ainda tem muito o que mostrar é a tal da Wycca, que ganhou esse nome da produção só porque lembra witch. E se a nova garçonete testuda do Merlotte's for mesmo uma bruxa, acho que é fajuta. Onde já se viu dar pilúlas que lembram aquelas de emagrecimento para curar a raiva? Só acredito nessa história quando ela der uma maçã envenenada para a Arlene porque contou ao Terry que o filho não é dele, e depois disso a Sookie tem que fazer um sim-sa-la-bim para ressucitá-la.

O que foi aquela viagem - literalmente - do Jesus Luz com o Lala? Sério, esta cena deveria ganhar um prêmio por ser a mais criativa em usar o recurso flashback para mostrar a família macumbeira do doutor Xamã. Esse assunto dos orixás e magia negra deve ganhar um maior destaque na próxima temporada - assim espero - já que a série está praticamente lotada de tramas paralelas.

E por voltar ao passado, finalmente conhecemos um pouco mais do Sam na época em que ele roubava bancos e ficava com a BFF do Stefan. Na verdade, nem tenho muito o que falar sobre esse plot, já que ele apenas deixou claro que antes de Sam ser palerma, ele já foi mais espertinho.

Finalizamos essa review com mais maldade mesclada a tristeza do Vampiro-Mor da série, nossa majestade Russell, o qual ainda está de luto pela morte da bicha louca do Talbot e logo decide atacar na esquina dos latinos mais próxima a fim de tirar o atraso e alcançar sua meta de mortes por episódio. Espero que nesses três episódios que restam, True Blood venha a nos apresentar algo mais decente.

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