Será o tempo o nosso maior inimigo? The Big C, nova dramédia do canal Showtime (Dexter e United States of Tara), trouxe à tona, de um forma sensível e ao mesmo tempo bem irônica, esse dilema na vida de Cathy Jamison (Laura Linney), uma mulher que acaba de se deparar sendo portadora de um tipo de câncer de pele sem cura. O piloto da série nos apresentou, de imediato, a personalidade passiva de Cathy mediante as mais variadas situações do di-a-dia, até a sua transformação na pessoa que veremos daqui para frente: aquela que escolheu aproveitar o resto de vida que lhe sobrou.
O canal Showtime vem se especializando em criar séries de TV que mesclam o crítico humor negro com o drama sem apelações. E isso já se pode considerar como sendo a marca registrada da emissora. Temos de antemão a badalada Dexter, e logo após essa vem Toni Colleti com sua United States of Tara, ambas tratando de assuntos completamente diferentes, mas que ao mesmo tempo trazem a fórmula conhecida da casa. Pois The Big C também entra nessa categoria, e mesmo tratando de um tema tão corriqueiro na televisão como o câncer, a dramédia traz um ponto de vista novo e muito bem explorado da pessoa que porta a doença, conseguindo, assim, manter um excelente nível em seu primeiro episódio.
Antes de tudo, quero deixar bem claro o quanto a atriz que interpreta Cathy é talentosa. Laura Linney conseguiu transpor muito bem as emoções que sua personagem precisa demonstrar para o telespectador, e sem sombra de dúvidas, já posso afirmar que sua incrível facilidade de mudar da comédia para o drama (ou vice-versa) foi o que me fisgou realmente na série. Cathy, depois de descobrir que está mesmo com os dias contados, decide "chutar o balde" e dar início a uma vida de verdade, onde os desaforos não são levados para casa, e as humilhações são revidadas com boas doses de verdade nua, crua e ácida. Quão ótima foi a sua lição na Precious (não lembro o seu nome, portanto vou chamá-la assim)? Ou mesmo o acerto de contas com sua vizinha anti-social por causa da tão sonhada piscina ao invés de banheira para o rápido verão?
Nem ao menos seu marido que odeia o cheiro de cebolas escapou. Para tê-la de volta, ele foi obrigado a mastigar um belo pedaço do legume fedorento e aposto que nos próximos episódios ele estará comendo chilly no almoço, que nem o filho de Cathy. E tocando nesse personagem, dedico a melhor cena do episódio para ele e seu grito estridente medroso ao ver o trote que Cathy lhe passou. Tive que pausar, rir e depois beber um gole d'água para me recuperar e voltar a ver o episódio. Confesso que repeti a cena após isso. Acredito que haverá, nos próximos episódios, um melhor desenvolvimento do seu médico e do irmão Sean, que por enquanto, só serviram como porto seguro da personagem principal.
As cenas finais de The Big C também foram excelentes, assim como sua trilha sonora. A parte em que Cathy conversava com o cachorro sentada no sofá, e logo depois, vemos a subida da câmera mostrando os dois no buraco da piscina foi bem marcante, já que o trocadilho com o túmulo ficou muito bem feito. Acho que agora não há mais como negar: Eu já me apaixonei por The Big C, e garanto que você também irá se der uma chance a Cathy e sua doença que mais veio para o bem do que para o mal.
Antes de tudo, quero deixar bem claro o quanto a atriz que interpreta Cathy é talentosa. Laura Linney conseguiu transpor muito bem as emoções que sua personagem precisa demonstrar para o telespectador, e sem sombra de dúvidas, já posso afirmar que sua incrível facilidade de mudar da comédia para o drama (ou vice-versa) foi o que me fisgou realmente na série. Cathy, depois de descobrir que está mesmo com os dias contados, decide "chutar o balde" e dar início a uma vida de verdade, onde os desaforos não são levados para casa, e as humilhações são revidadas com boas doses de verdade nua, crua e ácida. Quão ótima foi a sua lição na Precious (não lembro o seu nome, portanto vou chamá-la assim)? Ou mesmo o acerto de contas com sua vizinha anti-social por causa da tão sonhada piscina ao invés de banheira para o rápido verão?
Nem ao menos seu marido que odeia o cheiro de cebolas escapou. Para tê-la de volta, ele foi obrigado a mastigar um belo pedaço do legume fedorento e aposto que nos próximos episódios ele estará comendo chilly no almoço, que nem o filho de Cathy. E tocando nesse personagem, dedico a melhor cena do episódio para ele e seu grito estridente medroso ao ver o trote que Cathy lhe passou. Tive que pausar, rir e depois beber um gole d'água para me recuperar e voltar a ver o episódio. Confesso que repeti a cena após isso. Acredito que haverá, nos próximos episódios, um melhor desenvolvimento do seu médico e do irmão Sean, que por enquanto, só serviram como porto seguro da personagem principal.
As cenas finais de The Big C também foram excelentes, assim como sua trilha sonora. A parte em que Cathy conversava com o cachorro sentada no sofá, e logo depois, vemos a subida da câmera mostrando os dois no buraco da piscina foi bem marcante, já que o trocadilho com o túmulo ficou muito bem feito. Acho que agora não há mais como negar: Eu já me apaixonei por The Big C, e garanto que você também irá se der uma chance a Cathy e sua doença que mais veio para o bem do que para o mal.
